Mineradora recupera áreas degradadas do Garimpo do Araés em Nova Xavantina

Por: Karita Carvalho

Mineração Caraíba antecipa recuperação de Mina do Araés

Arquivo Mineração Caraíba
Começaram a serem reconstruídas, antes do previsto, as áreas arruinadas pelas atividades garimpeiras dos anos 70 e 80 no Araés. O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas iniciou em 2010, e está sendo executado pela Mineração Caraíba S/A. A empresa desenvolveu um Estudo através da GeoMinas, empresa contratada,  que mostrou uma área de 15 hectares afetada. Ciente das responsabilidades, a Caraíba, antecipou a reconstrução do local. A entrega das obras está prevista, para o mês de setembro de 2011. Até o momento foram recuperados 60% local.     
Segundo o gerente da Mineração Caraíba S/A, Sidney Fráguas Júnior, a empresa ganhou a licitação do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) para exploração da mina. Através de um estudo denominado Plano de Aproveitamento Econômico, realizado em 2009. E passou a ser responsável pela recuperação das áreas danificadas, estimada em 15 hectares.
A mineradora teve conhecimento e dimensão dos danos, através do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto no Meio Ambiente EIA/RIMA. Diagnóstico ambiental, para conseguir o Licenciamento Ambiental.
São necessárias três etapas, para alcançar a licença. Na primeira etapa é necessário um Plano de Controle Ambiental. Segunda etapa, a empresa precisa adquirir a Licença Instalação. Que é liberada através da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA). Terceira etapa é preciso receber a Licença de Operação, que é aprovada pela Secretaria de Meio Ambiente. Conforme Sidney falta apenas a Licença de Operação, para concluir as etapas.
A GeoMinas, empresa de Goiânia – GO, foi contratada para fazer estudo e assessoramento da recuperação. Foi firmado um acordo com a Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT), para fazer o monitoramento da região.
A universidade fez o levantamento e avaliação da fauna e flora do local, para verificar se a implantação do projeto está diminuindo ou aumentando alguma espécie. "De repente, estamos chegando e degradando a diminuindo ou aumentando alguma populaçimplantaçentos por anoevegetaçdo, remobilizando tal ponto de estarmos erradicando alguma espécie, essa é nossa preocupação com o meio ambiente", afirmou Sidney Fráguas.
O acompanhamento era conduzido quatro vezes por ano, porém, a empresa conseguiu a liberação da Sema para fazê-lo duas vezes. O que significa uma melhora da situação local. Segundo o professor Dr. César Enrique de Melo, do departamento de Biologia da UNEMAT em Nova Xavantina. A atividade será realizada durante todo período de exploração pela Caraíba.


Estado do Local

Existiam grandes escavações, que foram deixadas por atividades anteriores de mineração. Além de enormes pilhas de resíduos, que foram abandonadas após a extração do ouro.
Segundo Sidney Fráguas, por anos os garimpeiros exploraram a área, e deixaram varias escavações e pilhas de rochas moídas. Escavações são grandes “buracos” a céu aberto.
O estudo feito apontou o pH muito baixo, do solo, praticamente improdutivo. No local criou-se uma lagoa denominada, “lagoa do buracão”, por estar localizada em uma das escavações.
O pH da água da lagoa era de aproximadamente 3,2. Não permitindo a sobrevivência de nenhuma espécie. “Antigamente, toda vez na época das chuvas, a lagoa transbordava e inundava o córrego, matando todos os peixes”, afirma Fráguas.


 Processo de Recuperação

Na reabilitação do local, foram aplicados ao solo cerca de 40 toneladas de calcário para corrigir a acidez. Também foi jogada cal virgem, na lagoa, para estabilizar o pH da água que era 3,2 considerado muito baixo, para que haja vida na lagoa é necessário que o pH esteja no nível sete, um pH considerado neutro.
Arquivo Mineração Caraíba
Conforme o responsável pela unidade tinha-se grandes pilhas de resíduos estéreis, deixadas pelos garimpeiros. “Elas foram praticamente reestruturadas. Onde, era pilha deixamos a topografia do terreno praticamente à original”, relatou Sidney.
Primeiro corrigiu-se o pH do solo, em seguida jogaram uma camada de solo fértil, em cima das áreas. Por fim promoveram um pequeno plantio. Segundo, relatório da GeoMinas, o primeiro passo é fazer uma forragem pra dar estabilidade ao solo, e depois realizar o reflorestamento do local com árvores nativas.


Benefícios

            Segundo Sidney Fráguas houve uma melhora visual do local, pois existiam vários assoreamentos principalmente no córrego Santo Antônio, usado para limpeza e separação das pepitas de ouro.
No processo utilizava-se mercúrio, que contribuiu para a ruína do córrego. Por ser Área de Proteção Permanente (APPs), é necessário que as margens sejam recuperadas. “Nós redirecionamos as águas do córrego, para outras áreas de drenagem. Praticamente eliminamos todas as erosões que vinham ocorrendo com o tempo”, constatou Sidney.
Além, da recuperação do córrego pode perceber que os animais já estão retornando para região. Segundo o Professor, César Enrique de Melo, em relação aos de ae drenagem. Nósesse reflorestamento não se fez muita coisa. Não foram plantadas árvores para que dê sustentabilidade à fauna local. Mas, percebeu-se uma melhora e algumas espécies de animais típicos do cerrado estão voltando ao local.
A área a ser reconstruída, consistia em um total de 15 hectares, sendo distribuídos em diferentes pontos. Foram reestruturadas até o momento 60%, ou seja, nove hectares recuperados.




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